Nota à Imprensa da Ajufe a respeito da reportagem do Fantástico sobre honorários abusivos de advogados
Em nossas redes sociais twitter @hervalsampaio e Faces: Herval Júnior Sampaio e José Herval Sampaio Júnior enunciei a tristeza de ver as matérias em que pobres coitados eram assaltados e isso doía muito não só como ser humano, bem como na qualidade de profissional do Direito e de plano ressaltei os pontos ora muito bem destacados na nota abaixo e que publicizo em nosso espaço como reprodução fiel de nosso pensamento:
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) vem a público manifestar-se sobre as denúncias envolvendo cobranças abusivas de honorários advocatícios em causas previdenciárias, conforme matéria veiculada no programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (25).
É inadmissível que alguns operadores do Direito se valham da inocência de humildes trabalhadores para obter lucros vultosos, incompatíveis com o decoro daqueles que deveriam zelar pelo cumprimento da Constituição Federal e pela adequada prestação jurisdicional.
A Ajufe reconhece que o advogado deve ser justamente remunerado por seu trabalho e que a prática retratada na matéria, apesar de recorrente em alguns rincões deste país, não é costumeira entre a grande maioria dos advogados, os quais, de forma absolutamente séria, contribuem para a resolução dos conflitos vivenciados pelos cidadãos brasileiros.
Assim, em consonância com a manifestação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Ajufe reforça o apelo para que aquela instituição esteja atenta para coibir, em instância própria e celeremente, essas condutas que atentam contra a ética da advocacia, punindo aqueles que se apropriam indevidamente de valores que são frutos de anos de trabalho, muitas vezes de uma vida inteira. É preciso zelar para que os honorários sejam cobrados em valores condizentes com o trabalho prestado e a condição financeira do contratante.
O Judiciário Federal está vigilante. A Ajufe tem chamado a atenção para adoção de mecanismos de controle atualizados, como, por exemplo, a exigência de apresentação, nas agências bancárias, de instrumento de mandato com poderes especiais contemporâneo ao momento do saque. A Ajufe também defende e trabalha para que sejam criados mecanismos de repasse direto de valores entre a conta bancária judicial e a do beneficiário e advogado. Essas formas de evitar fraudes jamais devem ser consideradas afronta à liberdade profissional. Pelo contrário, o que se pretende é prestigiar aqueles que exercem a advocacia de forma honesta e com ética, valorizando essa função essencial à justiça.
Antônio César Bochenek
Presidente da Ajufe
4 Comentários
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Aos poucos, uma verdade vai sendo estabelecida e alguns mitos derrubados.
VERDADE:
Onde há chance do "dinheiro fácil" há chance de corrupção (serviço público, privado, propinas para facilitar serviços,...).
MITOS:
Político são todos ladrões;
Só político que rouba;
Só no Brasil tem corrupção. continuar lendo
Isso é verdade, não gosto de generalizar! continuar lendo
Gente desonesta tem em todas profissões. A abrangência e impacto da desonestidade do advogado é maior, pelo que o assunto se torna mais delicado.
A oportunidade faz o ladrão. Agora, se tivesse assistência judiciária garantida por constituição, não haveria a oportunidade. Agora, querem crucificar toda a profissão, ao passo que a parcela maior da culpa é do Estado. continuar lendo
Concordo que existe em todas as profissões e disse isso nas redes sociais e que o Governo tb tem culpa, digo isso textualmente em meu livro Processo Constitucional! continuar lendo